terça-feira, 28 de outubro de 2014

Ao julgar tragédias coletivas, líderes "espíritas" agem como se vivessem no Império Romano


O Império Romano pode ter sido uma grande festa para as lideranças do "movimento espírita" brasileiro que elas se frustram por não terem sido convidadas para este banquete nas encarnações passadas.

Isso é tão certo que até Emmanuel se atrapalhou todo para tentar nos convencer de que teria vivido nos tempos de Jesus, criando seu confuso Há 2000 Anos sem pé e nem cabeça, cheio de mentiras, inverdades e até de erros e omissões históricas gravíssimos.

Portanto, quem quiser conhecer o Império Romano, recomendamos evitar ler esse grotesco livro, e é inútil apelar para a complacência com o "bom velhinho" Chico Xavier, que pôs no papel as "palavras fraternais" do mentor jesuíta, porque mostra erros tão grotescos que Emmanuel levaria um zero em qualquer prova besta de História da Antiguidade.

Mas, em todo o caso, o Império Romano, mesmo assim, é a obsessão que toma nossos já obsediados "espíritas", obsediados em palavrinhas de amor, pseudo-mediunidades, religiosismo exagerado e outras formas bonitas e amorosas de desprezar as lições do professor Allan Kardec.

Só que essa compreensão vai muito mais na fase medieval do Império Romano, quando o imperador Constantino havia criado o Catolicismo apostólico romano, base doutrinária que, com as devidas atualizações, se dividiu entre a modernização da Igreja Católica e no retrocesso da Doutrina Espírita francesa que, implantada no Brasil, reduziu-se a um sub-catolicismo paranormal.

E aí vem os "espíritas" brasileiros, ante mais uma lamentável tragédia ocorrida, quando um ônibus com alunos e professores de Borborema sofreu um acidente em Ibitinga, ambos no interior paulista, e onze pessoas morreram. Lá vem aquela tese chorosa das "tragédias coletivas".

A ideia dos "espíritas" é essa: houve um carma que produziu uma tragédia e as vítimas teriam sido pessoas que se reuniram em torno de uma sina, reajustando-se espiritualmente por causa de uma tragédia comum que seria um destino único de diferentes "patrícios" etc etc etc e blablablá.

Só que essa era mais ou menos a lógica das autoridades romanas quando chamavam condenados para sofrerem uma sentença mortal comum. Recolhia-se pessoas de lugares diferentes para que, jogadas numa praça ou num estádio, fossem devoradas por leões ou dizimadas sob as chamas ou através da forca ou da cruz (vide o caso bastante manjado de Jesus).

E o que fazem os "espíritas"? A mesma coisa! Juntam simbolicamente um monte de pessoas que eles adorariam ver mortas - claro, é a vida espiritual etc e tal - , sobretudo jovens, cujas tragédias precoces provocam um fetiche quase sensual nos "espíritas", e julgam tais infortúnios como se fossem a reunião de diferentes pessoas num mesmo "resgate espiritual" (seja lá o que isso quer dizer!).

Não é à toa que nossos "espíritas" têm pouco caso com a vida humana. A vida na Terra é, para eles, apenas uma forma de gente medíocre, patética ou mesmo mau-caráter ou criminosa tentar dizer que eles, canastrões ou facínoras, são "muito legais" e que eles é que têm direito de prolongar sua "missão" entre nós.

O que os canastrões e os facínoras poderão fazer desperdiçando tanto tempo na vida tentando enrolar a gente é algo que não dá para entender. Todavia, se em vez de pessoas admiráveis e transformadoras falecerem tão cedo (ainda que no começo dos 60 ou na véspera dos 70), falecessem canastrões e facínoras, a humanidade na Terra teria tido um salto maior de qualidade.

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