terça-feira, 20 de janeiro de 2015

Adeptos de Chico Xavier querem nos enganar com foto-montagem


O que faz a computação gráfica. Circula na Internet uma foto ilustrativa que mostra Chico Xavier abraçado a um suposto Jesus Cristo, um quase roliço rapagão de traços ibéricos, não necessariamente de influência árabe.

A foto sugere que o Francisco Cândido Xavier, cujas frases açucaradas adoçam os corações insensíveis dos internautas nas mídias sociais - os mesmos que se recusam a ter contatos pessoais com seus amiguinhos digitais, mas querem se "espiritualizar" colocando frases de um duvidoso "líder espírita" - , teria se encontrado com Jesus e virado "espírito puro" nas distâncias universais do além.

A foto é divulgada em vários sítios "espiritualistas" da Internet, como se fosse uma pintura ilustrativa, supondo que alguém emocionalmente inspirado pela "luz criativa da espiritualidade" pintou a ilustração ou então tirou uma foto digitalmente retrabalhada com Chico abraçando Jesus, que o convidava para o convívio dos mais elevados espíritos de todas as galáxias universais.

Mas, observando bem, pesquisando a busca do Google, nota-se que a foto não passa de uma montagem, de outra imagem existente, com Jesus Cristo, com as feições católicas de um galego gorducho, abraçando um homem qualquer, que não aparece risonho como Chico Xavier, mas com um olhar melancólico de um sofredor católico.


A foto com Chico Xavier foi tão oportunista que houve um efeito de brilho de luz, desses que qualquer Photoshop se dispõe como recurso de arte digital, e a ferramenta-clone ainda prolongou o céu para deixar a paisagem mais abrangente.

É de um cinismo extremo fazer uma montagem dessas, lembrando que Chico está ligado a uma série de graves irregularidades nas suas práticas ditas "mediúnicas", acusado de plagiar obras literárias, uso indevido da memória dos mortos e apoio a práticas fraudulentas envolvendo falsas materializações e planos de traduzir de maneira ainda mais grotesca as obras de Allan Kardec.

Portanto, nem Jesus acolheu Chico Xavier, que, depois que morreu, virou um nada na erraticidade, porque os mortos ficaram tristes ou revoltados com o que ele fez ao usurpar a memória e o legado social da gente falecida.

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