quinta-feira, 24 de dezembro de 2015

Católica, blogueira que defendeu Madre Teresa "incorpora" Justo Veríssimo

Reagindo às denúncias feitas pelo jornalista inglês Christopher Hitchens (1949-2011), de que a Madre Teresa de Calcutá maltratava os doentes e miseráveis e preferia ser "amiga da pobreza" do que dos pobres, uma blogueira, conhecida como "a catequista", teve um surto de elitismo na sua mensagem reproduzida aqui. Diz um dos trechos deste texto:

"Hitchens acusava a Madre de não ajudar os pobres a sair de seu estado de pobreza. De fato, Madre Teresa não fundou uma ONG, ela não fazia trabalho social; ela fazia CARIDADE, ela amava cada pobre como um filho saído de seu ventre. A mesma acusação que se fez a ela, poderia-se fazer a São Francisco de Assis: quem aí ouviu dizer que o santo levou algum pobre a ascender socialmente? E, no entanto… ele era a maior riqueza dos pobres, em seu tempo".

O que a referida blogueira quis dizer com esse texto tão inflamado? Alguns detalhes podem ser enumerados:

1) Ela achava que as instituições que Madre Teresa de Calcutá criou não eram ONGs. Eram, sim, só que mal administradas. ONG é organização não-governamental, instituição feita sem o vínculo formal de instituições governamentais.

2) Ela achava que Madre Teresa não fazia trabalho social. Como assim? Ela não estava, em tese, servindo a sociedade? Se a blogueira achava que a freira fazia "caridade", ela é, em si, um ato social, um trabalho para a sociedade. Não se sabe o que deu na cabeça da blogueira para pensar dessa forma.

3) Os pobres não precisam de ascensão social. Ela fala como se "ascensão social" fosse a mesma coisa que ir para o Castelo de Caras. Mas fala-se aqui de querer que os pobres e enfermos tenham QUALIDADE DE VIDA. Para os adeptos da Teologia do Sofrimento, aquela peçonhenta ideologia que fala que "sofrer é lindo", luxo é querer ter um pão para comer, uma casa para morar, saúde plena etc. Ou ter isso da melhor maneira possível.

Aí é que a "santa blogueira" acaba "incorporando" o famoso personagem Justo Veríssimo (aquele que queria que o povo "se explodisse"), por achar que os pobres tinham que permanecer naquelas condições degradantes porque tinham a Madre Teresa como "sua maior riqueza". Sinceramente, sua "catequista", mas que falta de respeito com as dores dos outros!!!

terça-feira, 22 de dezembro de 2015

Brasil teve observatório planetário de mais de mil anos

Desculpem, mas não foi Chico Xavier o observatório mais antigo da História do Brasil. Não adianta insistir. Afinal, desde 2006 se toma conhecimento de uma relíquia perdida, que arqueólogos e demais pesquisadores apontaram como o mais antigo observatório construído no país e que resiste aos nossos dias.

Esse observatório se situa no Amapá, próximo à fronteira da Guiana Francesa, e havia sido construído há mais de mil anos, portanto, bem antes de 1500, conhecido como o ano do "descobrimento" (na verdade uma vinda de exploradores portugueses para levar as riquezas de nosso país e transformá-lo numa colônia de Portugal e no depósito de lixo de portugueses "incômodos).

O observatório tem 127 blocos de granito e era usado para calcular o nascer e o pôr do Sol, A construção é comparada aos blocos de pedras chamados Stonehenge, que existem na área da atual Inglaterra e que serviam para medir o ciclo da aparição solar sobre a Terra.

Autoridades do Amapá pensam em transformar o sítio arqueológico num ponto turístico, e pesquisas tendem a estudar seu histórico e a presença de povos existentes no Brasil antes da chegada dos navegadores portugueses.

Portanto, quem imagina que Chico Xavier foi o mais antigo observatório do Brasil simplesmente perdeu. Um mundo inteiro chegou antes e fez muitas coisas antes dele.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

O mau trabalhador

Um homem oferece serviços de encanamento, seja de instalação ou reparação. Uma família o contrata, por recomendação de vários amigos e vizinhos. Ele é uma simpatia de pessoa, conversa bem, tem um papo interessante e ele gosta muito de falar sobre sua vida tranquila com sua esposa e filhos.

Ele afirma que se dedica fielmente ao trabalho. Realizou todas as obras assiduamente, no prazo combinado e no horário e período previstos.

No entanto, depois que ele foi embora, o encanamento estourou. O cano reparado foi o da cozinha, A explosão do cano estragou com alguns móveis e molhou toda a cozinha. Por sorte não houve curto-circuito porque a fiação elétrica do fogão e da geladeira estavam posicionados distantes do local do vazamento. Mesmo assim, com o chão molhado, os familiares tiveram que desligar a eletricidade para não levarem choque ao limparem o chão na área da geladeira.

O encanador prestou um péssimo serviço. Ele foi uma pessoa gentil, simpática e amiga, e era prestativo e atencioso com a família que o contratou. Mas ele causou um grande mau ao fazer um trabalho malfeito.

As pessoas não contratariam uma pessoa assim. E se fosse no "espiritismo"? Alguém seria capaz de acreditar nos maus servidores só porque "são bonzinhos" e tidos como "recomendáveis"?

sábado, 5 de dezembro de 2015

Três mortes, dois obituários

Três homens sofrem, em diferentes ocasiões, infartos fulminantes e as ocorrências chegam às redações dos jornais.

Um jovem jogador de 19 anos, de um obscuro clube de futebol, sofre um infarto durante uma partida, é socorrido mas não resiste ao mal, morrendo pouco depois no hospital.

Os jornais noticiaram a ocorrência.

Um jovem cabo do exército, de seus 20 anos de idade, sofre um infarto durante um rigoroso treino militar, não resistindo e falecendo antes que o socorro viesse levá-lo para o atendimento hospitalar.

Os jornais noticiaram a ocorrência.

Um empresário de 42 anos, que anos atrás havia assassinado a mulher, numa crise de ciúmes, e cumpria liberdade condicional há um bom tempo, estava vendo a televisão quando o crime que ele cometeu foi relembrado em um programa de variedades. O empresário sofreu um infarto fulminante, e sua casa teve que ser invadida horas depois, quando seu corpo morto já exalava um mau cheiro e os porteiros estranharam o fato do morador não fazer as suas habituais saídas de casa.

Os jornais se recusaram a noticiar a ocorrência.

O motivo alegado foi que "não dava notícia", que "não valia a pena" se preocupar com um caso "sem importância" desses.

O irônico é que justamente o empresário havia sido notícia em todos os jornais do país por causa do crime cometido e seu julgamento teve cartaz até mesmo nos noticiários de tevê. Serão os resquícios do machismo e sua "defesa da honra" que ainda contaminam certos setores da grande mídia?