João Dólar, o "João Trabalhador", que na verdade só vive viajando para fazer não sei o quê, além de puro turismo, decidiu usar o evento "Você e a Paz", liderado por outro viajante constante, Divaldo Franco, que acredita em crianças índigo, astrologia e chama imigrante de bárbaro (no sentido dos velhos bárbaros não o dos Novos Bárbaros), para lançar uma nova forma de alimento para os pobres.
Consiste da Lavagem de Porco fluidificada. Como pobres não tem direito aos caviares, filés mignon e bebidas da Moet Chandon, o prefeito que governa São Paulo do celular criou uma espécie de lavagem de porco processada que ele deu o nome de "ração humana". Gilberto Gil e Nik Kershaw sabem muito bem que "ração" não é aumentativo da palavra raça, como nos nomes dos álbuns que eles haviam lançado quase ao mesmo tempo, em 1984.
Dória deve ter decidido lançar a lavagem no evento dito "espírita" porque pretendia que o que ele chama de "ração" fosse "fluidificada" (jargão "espírita" que significa "abençoada") para que pudesse se tornar mais "nutritiva" com a influência das forças do além.
Estava lançada a primeira lavagem de porco fluidificada, contendo a energia das camadas "superiores" espirituais, o que deve dar um diferencial às estranhas bolinhas que repousam tranquilas neste grande pote de vidro. Sabe-se que os "espíritas" poderão adotar o estranho alimento em suas instituições de caridade paliativa, pois o lançamento no evento pode ter selado a parceria.
Conservadores não querem dar vida boa a pobres. Pobre tem que se lascar. Mas se lascar com categoria, usufruindo de agasalhos rasgados, abrigos precários, sopas aguadas e esta forma estranha de alimentação com esta lavagem sofisticada.
A caridade "espírita" passa bem longe da dignidade e por isso mesmo que as lideranças da seita dos papalvos preferiu João Dória do que Lula para lançar um novo projeto de filantropia. Mudar leis para dar dignidade ao povo pobre é algo que as elites que lideram e cultuam o "espiritismo" menos querem para os mais carentes.
Dignidade é bem privado dos ricos e os pobres que se virem se quiserem comer algo além desta lavagem de porco processada. E assim, Dória e o "Espiritismo" brasileiro caminham juntos para o fracasso.
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